Paleontólogos espanhóis descobriram os restos de um dinossauro que pode ter mais de 120 milhões de anos. O saurópode teria mais de 25 metros de comprimento e teria pesado mais de 40 toneladas.
Os ossos do dinossauro estão praticamente intactos. A descoberta aconteceu em Morella, na província de Castellón, no leste da Espanha. Ele seria do período Cretáceo, que sucedeu o período Jurássico. No final do Cretáceo, há 65 milhões de anos, os dinossauros entraram em extinção.
Segundo o pesquisador Jose Miguel Gasulla, “uma (descoberta) desse tamanho é muito rara”, de acordo com o jornal britânico “The Independent”.
“É uma descoberta muito animadora, porque raramente se descobre ossos na sua ordem original no esqueleto.” Gasulla ainda não tem estimativa de quanto tempo sua equipe vai levar para retirar os restos do dinossauro do local, mas afirma que o processo deve ser muito lento.
Mosca presa em peça de âmbar é vista na Feira Ambermart, na Polônia; peça tem mais de 40 milhões de anos (28/08/2008)
A História da Terra
A Terra gira à volta do Sol há cerca de 4600 milhões de anos, e não teve sempre o mesmo aspecto que hoje apresenta.
No decurso da sua longa História, a Terra sofreu grandes modificações, que afectaram a distribuição e os contornos dos seus continentes, o clima, as formas de vida e a extensão e profundidade dos oceanos.
Na realidade a face do nosso planeta tem mudado continuamente ao longo do tempo, os oceanos e atmosfera evoluíram, ergueram-se e erodiram-se montanhas, surgiram e desapareceram mares.
No meio de todas estas transformações a vida surgiu, sobreviveu e evoluiu.
A Idade da Terra
Já alguma vez pensaste que idade terá o planeta onde vives?
Vários estudos e investigação desenvolvidas por muitos cientistas apontam a idade para os 4600 milhões de anos.
Já imaginaste o que é 1 MILHÃO? Mesmo de verdade? Porventura já te disseram 1 milhão de vezes para fazeres os trabalhos de casa? Já experimentaste contar até um milhão? E até cem mil? E até dez mil? Ou mesmo até mil?
Se contares a um ritmo de um número por segundo, levarás cerca de 15 minutos para contares até 1000.
E quanto precisarias para contar 4600 milhões de anos (4600.000.000)! Seriam precisos 69.000.000 minutos ou seja aproximadamente cerca de 131 anos sem qualquer paragem a um ritmo de 1 número por segundo. Uma enormidade!!!
Já alguma vez pensaste na quantidade de coisas que aconteceram na Terra, ao longo deste tempo?
É realmente difícil abstrairmo-nos para imaginar esta escala de tempo, uma vez que os acontecimentos importantes das nossas vidas são medidas em anos ou em unidades ainda menores; a nossa genealogia familiar em séculos, e toda a história humana é registada em séculos ou milénios.
Contudo, a datação radioactiva e a análise e estudo das rochas permitiram obter dados sobre a vida, as alterações geológicas e até mesmo mudanças climáticas do passado. A astrofísica forneceu diversas informações confiáveis a respeito dos estágios evolutivos das estrelas, suas idades, a formação da galáxia e, inclusive, uma boa estimativa do tempo decorrido desde o “Big Bang”, o evento mais remoto. Vimo-nos, assim, confrontados por uma inconcebível perspectiva do tempo, de milhares de milhões de anos, estendendo-se a períodos incrivelmente longos do passado da Terra, e a uma real dificuldade de concebermos a imensidade dos intervalos de tempo que os compreende.
Do “Big Bang” ao último segundo
Dada a dificuldade de compreender os valores temporais que iremos falar, vamos imaginar os 15 mil milhões de anos de vida do Universo comprimidos no espaço de 1 ano. Tudo. Desde a Grande Explosão que deu origem ao Universo e ao próprio tempo, o chamado Big Bang, até ao último instante, este que vives enquanto lês estas palavras.
Como já se disse, o ano é a principal unidade de medida de tempo utilizada pelos humanos. Mas já em termos de história da humanidade necessitamos de unidades maiores, como a década, o século e o milénio. Porém, mesmo os milénios dos quais possuímos registos históricos são precedidos por períodos de tempo excepcionalmente maiores. Milhões de anos se passaram na Terra antes da espécie humana aparecer. Milhares de milhões de anos desde que a primeira estrela do Universo começou a brilhar.
No calendário estão assinalados os principais eventos actualmente conhecidos da história do Universo e da Terra, como por exemplo, a formação da nossa galáxia, a origem do Sistema Solar, o aparecimento dos primeiros organismos vivos na Terra e o despertar do ser humano.
Além disso, devido à extrema compressão do tempo a esta escala, todos os eventos relativos à história humana ficaram comprimidos literalmente nos últimos segundos do dia 31 de Dezembro, sendo muito difícil registá-los integralmente.
Uma coisa é certa ao analisarmos o calendário ficamos com a perspectiva de que somos muito pequenos perante o Universo, e que ocupamos um instante de tempo insignificante na sua existência. E também que o nosso destino – e o de toda a vida na Terra – dependerá da sensibilidade humana e do seu valioso conhecimento científico.
DIA / TEMPO |
ACONTECIMENTOS |
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1 Janeiro15 mil milhões anos |
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1 Maio10,1 mil milhões anos |
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9 Setembro4 900 milhões anos |
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14 Setembro4 600 milhões anos |
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25 Setembro3 700 milhões anos |
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9 Outubro3 500 milhões anos |
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1 Novembro2 500 milhões anos |
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12 Novembro2 100 milhões anos |
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15 Novembro1 900 milhões anos |
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1 Dezembro1 200 milhões anos |
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16 Dezembro658 milhões anos |
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17 Dezembro616 milhões anos |
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18 Dezembro542 milhões anos |
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19 Dezembro490 milhões anos |
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20 Dezembro440 milhões anos |
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21 Dezembro415 milhões anos |
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23 Dezembro360 milhões anos |
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24 Dezembro300 milhões anos |
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25 Dezembro250 milhões anos |
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26 Dezembro200 milhões anos |
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27 Dezembro191 milhões anos |
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28 Dezembro145 milhões anos |
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29 Dezembro65 milhões anos |
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30 Dezembro41 milhões anos |
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30 Dezembro16 milhões anos |
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31 Dezembro
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20:15:007 milhões anos |
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21:30:004 milhões anos |
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22:44:552,5 milhões anos |
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22:59:561,7 milhões anos |
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23:52:30450.000 anos |
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23:56:15100.000 anos |
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23:58:5330.000 anos |
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23:59:3212.500 anos |
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23:59:495.000 anos |
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23:59:533.000 anos |
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23:59: 562.000 anos |
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23:59:59500 anos |
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23:59:59:9Actualidade |
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Segundo este calendário, escrito por Carl Sagan, a modernidade, surge no último segundo, do último minuto, da última hora, do último dia do calendário.
Toda a história conhecida ocupa os últimos 10 segundos do dia 31 de Dezembro, o que exemplifica bem a insignificância do instante que ocupamos à escala do tempo geológico.
México, 28 jul (EFE).- O meteorito que caiu na península de Iucatã (leste do México) há 65 milhões de anos e que, segundo algumas teorias científicas, provocou o desaparecimento dos dinossauros foi maior do que uma hipotética explosão de todo o arsenal atômico do mundo, disse hoje uma cientista.
A explosão gerada por esse meteorito e que causou o desaparecimento de 50% das espécies vivas do planeta é “inconcebível, difícil de imaginar para o ser humano”, disse Adriana Ocampo, pesquisadora da Agência Espacial Européia (ESA) e cientista da Nasa.
“Nos primeiros minutos, horas, dias e meses depois da explosão, os fragmentos quentes” caíram e provocaram incêndios, disse Ocampo, segundo um comunicado do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Na semana passada, uma missão da Nasa visitou Iucatã para propor que a zona de Chicxulub, onde há 65 milhões de anos caiu um meteorito, seja declarada Patrimônio Científico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Ocampo participou de Iucatã do ciclo de conferências sobre o impacto do meteorito.
A científica explicou que o impacto foi pior porque a composição do lugar onde caiu era rica em enxofre, que se volatilizou, “gerou vapor e gás, e se transformou em ácido. A combinação foi letal”.
Por esse efeito, a Terra ficou nublada “por mais de dez anos e isso causou o esfriamento”, e acredita-se que o impacto tenha ocorrido na primavera, porque nos Estados Unidos foram encontrados fósseis de flores em botão que ficaram congeladas, disse Ocampo.
A cratera deixada pelo meteorito tem um diâmetro de 170 quilômetros.
A cientista disse que no mundo há aproximadamente 200 “crateras de impacto” causadas por asteróides ou cometas, mas só cerca de quatro ou cinco são do tamanho do que caiu em Chicxulub.
O Museu Melbourne, na Austrália, abriu exposição com 15 dinossauros articulados, com esqueletos completos, e mais 130 peças do tempo das cavernas. A exposição atrai, em especial, crianças.
Sapão!!
Washington, 18 fev (EFE).- Paleontólogos descobriram em Madagascar um fóssil de um sapo gigante que mede 40,6 centímetros e pesa 4,5 quilogramas, e que viveu há cerca de 70 milhões de anos entre os dinossauros na África, segundo um artigo publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Science”.
O sapo, com uma couraça grossa e com dentes, foi um anfíbio tão extraordinário que inclusive pode ter chegado a devorar dinossauros recém-nascidos, segundo os paleontólogos.
Por suas características tão excepcionais, os cientistas, liderados pelo paleontólogo David Krause, da Universidade Stony Brook, o denominaram “sapo diabólico”.
Os pesquisadores, que descobriram os ossos do sapo gigante no noroeste de Madagascar, acreditam que este anfíbio pertence à família de sapos que hoje em dia vive na América do Sul.
“Este sapo, se tinha os mesmos costumes que os sapos da mesma família de anfíbios na América do Sul, era bastante voraz. É inclusive possível que tenha devorado mamíferos, rãs menores e, levando em conta seu tamanho, até alguns dinossauros”, explicou Krause.
O paleontólogo encontrou pela primeira vez em 1993 ossos de rã extraordinariamente longos em Madagascar, uma área na qual já havia achado anteriormente fósseis de dinossauros e de crocodilos.
Mas só agora a equipe do cientista conseguiu acumular peças suficientes para reconstruir o sapo, e analisar seu peso e suas medidas.
Os fósseis do sapo datam do fim do período Cretáceo, entre 65 e 70 milhões de anos atrás, aproximadamente.
A equipe de Krause, que deu ao sapo o nome científico de “Beelzebufo ampigna”, trabalha com especialistas da University College de Londres para determinar que sua descoberta não pode ser relacionada com outros sapos da África.
Com suas características, o “Beelzebufo” pode ter sido o maior sapo a ter habitado a face da Terra, afirmam os paleontólogos.
Os cientistas determinaram que o sapo gigante poderia pertencer à família dos rãs ceratophrys da América do Sul.
A descoberta dos vínculos familiares do sapo gigante com anfíbios similares na América do Sul lança uma dúvida sobre as teorias do deslocamento dos continentes, indica Krause.
As teorias indicam que o que hoje é Madagascar foi separado da América do Sul pelo oceano durante a era em que o sapo gigante teria vivido.
“Mas as rãs não podem sobreviver durante muito tempo em água salgada”, disse o paleontólogo.
Por isso, a descoberta dos cientistas prova, segundo Krause, que havia alguma conexão terrestre com a América do Sul naquela época, talvez através da Antártida, então muito mais quente do que é hoje.